segunda-feira, 28 de março de 2016

Dissimulação


Dissimulação

 Atitudes dissimulatórias são comuns no nosso cotidiano, tanto nós, bem como os outros, praticam "táticas" de ludibriamento diariamente. 
 Levantarei dois pontos cruciais: 
  1. Por que nós enganamos? Somos enganos, ou deixamos nós enganar por outrem?
  2. Conviver com pessoas dissimuladas é perigoso? Até qual ponto?
 O engano é, na maioria das vezes, acarretado por uma falsa verdade, ou seja, uma mentira, todavia o mentiroso não conseguiria fazer uma mentira ser encantadora, caso nós mesmo não nos deixa-se-nos apaixonar pelas supostas "recompensas". Irei ilustrar ainda melhor como ocorre a situação, segue o exemplo: " Minha namorada sempre alterna bruscamente seu comportamento, principalmente em relação a min. Quando saímos juntos para atividades prazerosas tudo é uma maravinha, porém, ao voltarmos para casa, "ai tudo muda de figura", ela passa a agir estranhamente, mas como isso é possível? não parece haver uma razão real para esse comportamento da parte dela, estaria ela fingindo? Mas por que fingir isso? Ela momentos antes era tão carinhosa... Novamente eu devo ter cometido um deslise, sempre estrago tudo."
  Percebe? A tática é exatamente essa: Camuflar suas ações e culpar a "vitima". 
 Quanto maior a discrepância ou impeto, no momento da dissimulação, maior será a noção de realidade, pois "Não é possível alguém ir tão longe", além do mais, o dissimulado, sempre alterna nos momentos certos, essa alternância causa uma confusão mental, "ele diz a verdade ao falar que me ama, em contrapartida, quando se afasta de min, estaria ele também agindo verdadeiramente?...". 
Dissimular é esconder as reais intensões, quem faz isso com maestria encontra grande exito na manipulação de outrem. 

 O engano acontece porque os desejos do sujeito enganado falam mais forte que a sua razão. Criar expectativas, na ação de outra pessoa, é pedir para ser enganado. Acreditar que palavras revelão a natureza das ações, é correr em direção ao abismo. Nenhuma pessoa dissimulada conseguirá suprimir a realidade, quanto mais mentir, maior será a contradição entre suas "premissas" e "conclusões". 

 Nós deixamos enganar, deixamos o dissimulado ganhar, isso ocorre toda vez que colocamos a emoção a frente da razão. 

O perigo encontra-se, muitas vezes, do nosso lado. 

 Em toda antiguidade, em tempos de outrora, quase nenhum império ruiu por fraquezas externas, as reais "baixas" surgirão de dentro, os dissimulados sempre estiveram atentos ao desejo da vitima, o dissimulado inflamou o ego do asno, o dissimulado adornou o pomposo, o dissimulado encantou os incautos, e foi assim que ele sempre conseguiu fazer com que suas mentiras, e sua mascara, permanece-sem sem desgaste ou vitimas de desconfianças "fugazes" durante seculos. 

 Não abordando a questão por uma via ética, é exatamente assim que os dissimulados agem, sem ter apreço por noções de "certo" e "errado".  Uma pessoa dissimulada, geralmente não tem sentimento de culpa das mentiras que conta, acredita que só assim, "aceitando sua natureza" poderá conseguir seus objetivos, geralmente escusos. 

 A dissimulação é a armas dos implícitos, a sua força advêm da fraqueza dos explícitos. 

  Quanto mais se revela, o explicito, mais está dando informações ao dissimulado, que é por natureza observador. A realidade da vida em viver junto de uma pessoa dissimulada resume a máxima: " Quem está ao meu lado? um amigo ou inimigo?!"

 Guiar-se pela razão e lógica formal é uma das melhores formas de pegar esses sujeitos em seu próprio mar de mentiras. 



 Obs. Talvez depois voltarei a tratar deste assunto de maneira mais clara e objetiva, visando assim um texto bem mais pragmático. 
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